quinta-feira, julho 14, 2022

Aprendizagens interculturais com os Guarani e Kaingang na educação básica - Bolsa de Produtividade em Pesquisa - CNPq

 

Aprendizagens interculturais com os Guarani e Kaingang na educação básica

Bolsa de Produtividade em Pesquisa - CNPq

A pesquisa aproxima estudos realizados no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC, aldeias Guarani e escolas, a partir da proposição de um diálogo transdisciplinar sustentado no princípio do impacto da cultura na ciência e na inovação social. Na convivência com a palavra Guarani e Kaingang, com os Guarani como principais interlocutores, o projeto de pesquisa tem como objetivo compreender processos educativos interculturais que permitam promover abertura a outros modos de interrogar a educação das infâncias. De modo específico, busca-se aprofundar estudos ameríndios e refletir sobre os modos de estar sendo de indígenas e não-indígenas, a fim de estabelecer um diálogo intercultural em torno da escolarização das infâncias. A relevância do estudo para o campo da pesquisa educacional está na ampliação das fronteiras nos modos de investigar, de intervir, de sentir e de pensar como estratégia teórico-metodológica que favoreça uma aproximação complexa às ciências humanas. Consideramos que uma das maiores crises que vivemos em nosso país é a educacional, em especial na educação básica e diz respeito tanto aos modos como convivemos em sociedade quanto aos modos como histórica e politicamente projetamos e efetivamos interações com crianças e jovens na Educação Básica. Nessa perspectiva, o projeto de pesquisa se detém, desta forma, no estudo dos modos de viver entre adultos, crianças Guarani e mitologia Kaingang para perseguir um diálogo intercultural que permita problematizar a experiência de linguagem no processo de escolarização das infâncias e dos significados construídos pelos professores no exercício da docência. A problematização da pesquisa está na busca de encontrar diálogos educativos entre a escola e as etnias Guarani e Kaingang, no sentido de proporcionar aos professores um material pedagógico sólido, que possam utilizar para efetivar a Lei n. 11.645/2008 e ampliar os aprendizados das crianças e dos jovens, na direção de uma valorização de nossas próprias raízes identitárias. Tal caminhada pode promover a superação de concepções simplificadas de educação pelo encontro entre alunos e pesquisadores da universidade, lideranças e crianças indígenas e não indígenas, assim como professores e professoras da Educação Básica. Para tanto, optamos por uma metodologia baseada nos círculos de cultura, segundo Paulo Freire (2011) e na pesquisa participante, segundo Brandão (1999), a serem desenvolvidas de modo compartilhado e negociado na vivência como percurso intercultural de produção de saberes e conhecimentos. A intenção é dar continuidade à interlocução com os Guarani para aprofundar estudos em torno da relação entre educação básica e processos de aprendizagens interculturais que considerem a inseparabilidade entre corpo, linguagem e mundo nos processos graduais de aprender a coexistir.


Para saber mais, acesse: https://drive.google.com/file/d/1Cg9fjMKNXHY3oY1bhNuEAd3O9ECgSDae/view?usp=sharing

quinta-feira, abril 28, 2022

V EDIÇÃO DO CURSO DE EXTENSÃO

Aprendizagens Interculturais: produção de sentidos na educação
💛✨

As inscrições vão até 10 de maio.

📌 On-line e gratuito, certificação de 40h

Mais informações:
• Instagram: @pea_biru







 

sexta-feira, julho 02, 2021

Os caminhos do sol ilustrados

Charles Brito Alarcon é o autor da arte que simboliza o Peabiru, grupo de pesquisa que integra desde 2016. É Mestre em educação pela UFRGS (2018), na linha de pesquisa "Políticas e Gestão de Processos Educacionais"; Psicólogo (2003) pela Universidad Incca de Colombia; nativo do Amazonas Colombiano. Atua na rede de ensino público e privado (níveis fundamental, médio e superior; formação continuada com adultos, com ênfase em educação indígena); temas de pesquisa: interculturalidade, educação própria, educação indígena e decolonialidade.

Segundo Charles, a ilustração representa caminhos de pedra, terra, rios, por isso as ramificações ao longo do desenho, que no final formam um delta que deságua no mar. Para as sociedades amazônicas, esses são os Peabirus.

Simbolicamente, são referências sobre caminho. A maioria une pontos e linhas. No caso do grupo de pesquisa, tem a ver com conectar diferentes saberes, principalmente com a relação que há entre o humano e o sagrado. A serpente representa o caminho; o amarelo representa a força viva dos caminhos de verdades para a felicidade, e tem relação com o sol; a cor que transmite sua essência e energia.

São figuras arquetípicas e não específicas; animais de quatro patas, caminhos e raízes que atravessam toda a história do Peabiru e também representam a soberania alimentícia. Mas também há uma serpente cruzando as linhas inertes dos desenhos de artesanatos e grafismos indígenas. Linhas geométricas são a representação da casa, do lugar e está, também, com um sentido de que há linhas no interior que formam pontos, um ser que está dentro de casa.

A figura é antropomórfica, não se trata de uma cabeça completamente humana como conhecemos, pois é triangular; as mãos e os pés estão unidos, simbolizando novamente os caminhos.

segunda-feira, março 08, 2021