THE BATMAN: Vale a pena?
Por Isabella Bandeira
Contra
todas as expectativas The Batman é uma verdadeira obra de arte. Robert
Pattinson entregou um Batman bastante fiel e realista, a fotografia do filme
maravilhosa, uma trilha sonora icônica, o roteiro bem amarrado e a incrível
direção de Matt Reeves. Muito pé no chão, o filme traz um ar de investigação
policial com muitas cenas de ação e luta, tudo isso com uma ótima sequência de
cenas muito bem filmadas.
“Eu
li o roteiro, e é um filme de detetive. Acontece o tempo todo nas graphic
novels, mas está sempre em segundo plano nos filmes.", conta Pattinson em
conversa com a GQ
The
Batman não é um filme de origem, a história se passa 2 anos depois do início do
herói assumir a máscara e sair às ruas. Justamente por já existir dezenas de
filmes do personagem e mais dezenas de cenas de sua origem, como a morte dos
pais e o medo de morcegos o diretor, não as repetiu. Porém essa decisão não faz
falta, o longa inclui na narrativa esses elementos e a informação
implicitamente.
Nesse
tempo em ação, o homem morcego vem lidando com criminosos de uma forma bem
agressiva e assustadora, tanto que os próprios cidadãos têm receio dele. Isso o
faz questionar qual a verdadeira mudança que está causando na cidade, os
policiais ainda ficam apreensivos com sua presença, os civis não confiam nele e
a criminalidade só aumentou durante esse tempo.
“Quando
conhecemos Bruce, ele está em missão obsessiva. Ele é um cara rico que pode
usar o dinheiro para fazer qualquer coisa, mas ele está sozinho em sua jornada
de vigilante. Então eu queria que o público enxergasse os defeitos em tudo o
que ele está fazendo.”, disse o diretor Matt Reeves em entrevista para a Total
Film (via CBR)
Essa
é a evolução do filme, pois no final ele percebe que não é só com pancadaria
que se ajuda Gotham, ele toma mais consciência.
O
filme tem muitos aspectos que mostram ser bem realista, apesar de se tratar de
super-herói, como por exemplo o esgotamento físico e mental do personagem ao
levar uma vida dupla, o bat-móvel ser um carro esportivo adaptado, diferente da
versão do Ben Affleck como um todo. Também a falta de tato social, pois deixou
de ser Bruce Wayne quando seus pais morreram e se tornou algo diferente que vem
descobrindo durante anos, o Batman.
Em
resumo, é uma verdadeira obra de arte em todos os aspectos. Bem parecido com
Joker, de Joaquin Phoenix dirigido por Todd Phillips, em questões como arte,
fotografia e roteiro. Ambos os filmes são solos, focados na história e evolução
dos protagonistas. Vale lembrar que são universos totalmente separados entre si
e dos outros filmes DC comics e Warner Bros.