#66 - A ansiedade da transição de carreira | Vagas, OpenIA lança GPT-4o, Android 15 com tech antirroubo e pessoas "revivendo" falecidos com IA
Você mudou ou quer mudar de carreira? Sabe aquela ansiedade sobre esse processo? É disso que vamos falar hoje!
Tempo de leitura da newsletter: cerca de 10 mins 🕒
🎉Temos novidades!
Hoje damos boas-vindas a Rita Lisboa, que agora estará nos ajudando a criar conteúdo para a nossa tão amada e querida newsletter! E isso é fantástico, pois agora vocês também terão conteúdos sobre tecnologia de outro ponto de vista, enriquecendo ainda mais nossas reflexões!
Vocês poderão ver quem escreveu o texto e recomendou a música da semana ao final desses conteúdos!
Muito obrigado, Rita, por ter topado estar nessa conosco!Daqui a algumas semanas, nossa newsletter terá algumas mudanças no visual! Esperamos que gostem e aceitamos feedbacks, críticas e, claro, elogios hehe!
A ansiedade da transição de carreira
Bom, antes de tudo, primeiro preciso me apresentar, porque sou nova por aqui. Oi, me chamo Rita e, junto com o Vinícius, estarei na sua caixa de e-mails compartilhando alguns insights em uma das suas newsletters favoritas.
Começo trazendo esse tema como parte da minha apresentação, porque ele fala muito sobre mim no momento atual da minha vida. Mas tenho trocado bastante com colegas que estão passando pela mesma situação e você pode estar também precisando desse abraço em forma de: você não está sozinho(a).
Ah!, dá pra entender como transição de carreira trocar de área dentro da tecnologia mesmo, que é esse universo de possibilidades em constante crescimento.
Ainda quando criança já te perguntavam “o que você quer ser quando crescer?”
Nessa época, minha resposta variava entre ser cabeleireira e ser desembargadora (eu queria ter um carro com a placa preta diferentona e isso era o bastante para definir minha escolha). Bom, não passei por perto de nenhuma das duas profissões e, ao longo dos anos, os meus quereres profissionais foram mudando. Como existe pesquisa para tudo, descobri que nem eu e, provavelmente, nem você estamos sozinhos nessa, já que a maior parte da população brasileira não seguiu a profissão que desejava quando criança.
Os anos foram passando, eu fui amadurecendo e chegando no não-tão-clássico: “quando crescer, quero ser médica”. Aqui já percebemos que eu gostava do desafio, porque biologia não era exatamente o meu forte. Mais algumas doses de amadurecimento, cheguei a conclusão de que não queria ser médica, mas que nasci para ser uma profissional da saúde. Às vésperas do Sisu, lá em 2013, bati o martelo: vou ser nutricionista.
Fiz a graduação em nutrição, pós, mestrado, dei aula, trabalhei em hospital (inclusive no primeiro ano da pandemia). Em 2021, consegui o emprego dos meus sonhos: coordenadora de tecnologia social, em uma ONG que admiro demais, em um projeto que tinha tudo a ver com o meu mestrado e a cereja do bolo: com um ótimo salário. Era muito mais do que a Rita criança visualizava quando se imaginava gente grande.
Ok, profissionalmente estava tudo perfeito, não tinha para que mudar, certo? Certo! Mas errado também. Este mesmo emprego dos sonhos me aproximou da tecnologia e eu percebi que amava o que fazia, mas faltava um tchan (hehehe). Decidi ser programadora.
Mudei de carreira, mas sinto que estou longe do que imaginei
Apesar de ter tido um caminho feliz na minha primeira profissão, hoje, com 28 anos, acho que é uma loucura decidir de forma tão assertiva e invariável a direção que a sua vida deverá seguir enquanto ainda está com 16 ou 17 anos, na escola. Nessa época, tudo que a gente sabe sobre as profissões e, principalmente, sobre nós mesmos, é baseado em um imaginário muitas vezes fantasioso e irreal.
Eu já ocupava um cargo de liderança, mas quando optei pela transição de carreira, estava decidida a não queimar largada e começar do começo, como dizem. De coordenadora de projetos, passei a ser estagiária. Tive uma mudança salarial brusca, mas o mais desafiador profissionalmente falando foi me colocar numa posição de iniciante em algo. Nesse momento começou a ansiedade pela decisão da mudança. Me sentia uma fraude por não saber fazer as coisas, logo eu que geria projetos (e consequentemente pessoas). A minha cabeça só pensava que eu tinha feito a escolha errada.
Nessa perspectiva, o(a) jovem na escola tem a vantagem de que tudo é desconhecido e, geralmente, para uma boa parcela das pessoas (de acordo com os dados do meu DataBolha) nessa idade, a responsabilidade de pagar as contas não tem tanto peso. Ou seja, é mais fácil arriscar, são menos variáveis em questão.
Como migrei para a área da tecnologia por meio de um programa de estágio, tive a oportunidade de conversar com colegas que estavam na mesma situação que eu e então veio o primeiro alívio: não estava sozinha nessa. Não estamos!!! Trocar de profissão é, por si só, uma grande saída da zona de conforto. Mesmo que o lugar onde se estava antes não seja necessariamente confortável, ele é, pelo menos, conhecido.
Muitas colegas que estavam em transição viviam o mesmo dilema. De um lado a profissão em que você já tinha algum expertise, mas não preenchia mais, do outro uma nova carreira em que o conhecimento é mínimo, mas você imagina bons frutos. No meio do caminho está a sua cabeça querendo projetar a postura de um, no outro. Caos!
É claro que muitas vezes a cobrança que fazemos a nós mesmos é desproporcional ao que esperamos dos outros e ao que os outros esperam da gente. A primeira prova disso veio em uma conversa com o meu então líder: o que ele esperava de mim eram as entregas de uma estagiária, ao passo que eu me cobrava pelas entregas de uma coordenadora (que eu era antes). Esse feedback que foi importante demais para que eu pudesse aprender a reconhecer meus pequenos avanços. E, se aqui cabe um conselho: exercite reconhecer as pequenas conquistas e os novos aprendizados do dia a dia.
Esse feedback não foi só eu que tive. Muitas colegas ouviram coisas parecidas das suas respectivas lideranças. Ao final do programa de estágio, a maior parte de nós foi contratada. Claro que a contratação depende de muitos fatores que não estão sob nosso controle, inclusive planejamento orçamentário das empresas. Esse é, sem dúvida, um outro grande chamariz da ansiedade: oportunidade de crescimento. Mas, nesse caso, gosto de pensar que o segredo está em concentrar energia no que depende apenas de nós. Como já foi dito algumas vezes aqui nesta newsletter, ter projetos pessoais e mostrar o que tem aprendido é uma boa forma de criar oportunidades.
Um conselho para você, que na verdade é para mim
Tenha calma! (aqui entra Carminha gritando)
O velho clichê do tudo tem seu tempo! Gastar muita energia pensando no que você quer se tornar na profissão não vai te teletransportar para lá e, muitas vezes, poderá ter o efeito contrário, te paralisando, travando de evoluir. Fora que, a essa altura, já deveríamos saber que os nossos quereres podem sempre mudar. Imagina passar meses/anos depositando todas as fichas em um futuro e, no meio do caminho, descobrir que não quer mais nada daquilo. Vai ficar se prendendo a algo que não se identifica mais? Não recomendo.
Tenha planejamento.
Eu sei que tem muita gente que gosta do improviso, mas olha que delícia deve ser improvisar entre os planos A, B, C … Z?! Um bom caminho para aliviar a ansiedade é ter uma visão global das suas possibilidades. Voltar algumas casas é uma opção? Faz sentido? Volte! Começar uma nova rota, talvez? Por que não? O mais legal disso tudo é que, em cada uma das infinitas possibilidades, você carregará sempre um aprendizado que teve na fase anterior, se conhecerá melhor e terá maiores chances de ser mais assertivo na próxima escolha.
Se permita.
Por fim, e talvez mais importante, lembre-se: mudar de área até encontrar algo que te realize não significa que você está perdendo tempo. Podem haver reajustes de rotas e certas imprevisibilidades, e tudo conta como experiência. Riscos sempre haverão e serão parte do processo, mas como diziam os sábios: “quem não arrisca, não petisca”!
Texto por: Rita Lisboa
🪑 Senta, que lá vem uma dica!
Se você é 30+ vai entender o trocadilho do título que usei acima “Senta, que lá vem uma dica”, caso não seja e esteja boiando, aqui você fica sabendo!
Sendo alguém que já passou dos 30, sabe que todo cuidado com a saúde passa a ser mais do que essencial, principalmente com aquilo que fazemos todo dia.
Mas mesmo para os que ainda não chegaram aos 30, a dica é ainda mais importante pra você se precaver!
E cá entre nós, trabalhar sentado é algo que fazemos todo dia, certo?
Dessa forma, minha dica de ouro é, conheça a nova Cadeira de Escritório Slikdesk Ergos! É a junção de design + a ergonomia que você precisa, deixando seu setup mais completo e sua saúde (costas principalmente, rs) te agradecendo!
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🐦Compilado de vagas da semana do Twitter (X)!
Obs.: A partir de agora, nossa newsletter será enviada às quintas-feiras pela manhã. Continue acessando o compiladão ao longo do dia na quinta e na sexta para acompanhar as vagas repostadas nesses dias.
💊 Pilulas Interessantes
Atenção: comentários em itálico expressam a opinião do autor desta newsletter.
✋🤖 Juiz de jokenpô, tradutor e mais: as 10 funções mais legais do GPT-4o
A OpenAI apresentou o GPT-4o, que traz recursos inovadores como juiz de jokenpô, tradutor em tempo real, treinador para entrevistas de emprego, e até cantor de canções de ninar. A IA também atua como professor de matemática, ferramenta de acessibilidade para deficientes visuais, contador de tempo, e consegue interagir com cachorros e cantar parabéns. Além disso, ela pode adotar um tom sarcástico em suas respostas.
Muita coisa bacana, mas também muita coisa que é mais do mesmo (pra quem acompanha o que estão fazendo no HugginFace).
🔒📱 Android 15 terá tecnologia antirroubo de celular inspirada no Brasil
O Android 15, que será lançado em 2024, incorporará uma tecnologia antirroubo inspirada em uma solução brasileira. A nova funcionalidade impedirá que celulares roubados sejam usados ou revendidos, dificultando o desbloqueio e a restauração de fábrica por criminosos. Esse recurso visa aumentar a segurança dos usuários, protegendo seus dispositivos e dados pessoais.
Incrível como o Brasil não é para amadores, rs.
🧑💻🕊️ Pessoas usando IA para 'recriar' e interagir com quem já morreu
A tecnologia de IA está sendo usada para "reviver" entes queridos falecidos, permitindo interações virtuais emocionantes. Um projeto na China recriou um menino falecido para seu irmão, possibilitando brincadeiras e conversas. Nos EUA, uma mulher personalizou a IA para se parecer com seu marido falecido, ajudando-a na cozinha. Esses avanços mostram como a IA pode oferecer conforto emocional, preservando memórias de forma única.
Até pouco tempo atrás a gente achava que isso era possível só em Black Mirror e que demoraria pra chegar a vida real… bom, parece que algumas coisas acontecem bem mais rápido que a gente pensa…
🔍🤖 Como testar o Gemini, a IA do Google, na busca e outros produtos
O Google Labs oferece a plataforma para testar o Gemini, uma IA integrada em diversas soluções do Google. Usuários podem experimentar resumos gerados com IA na busca ao acessar o Labs com uma conta pessoal do Google. Além disso, o Gemini pode ser utilizado no Google Workspace (Gmail, Documentos, Planilhas) para auxiliar em tarefas, disponível por 14 dias gratuitamente para contas empresariais.
Ainda não testei, até porque as que eu tenho usado (MidJourney e ChatGPT) já me ajudam bastante para o que preciso, mas vai ser interessante ver essas integrações nos produtos da Google que eu utilizo.
🧠🔬 Implante cerebral decifra pensamentos com precisão inédita
Um novo estudo publicado na Nature Human Behavior apresenta um implante cerebral que transforma pensamentos em palavras com alta precisão. Pesquisadores do Caltech utilizaram microeletrodos em regiões do cérebro de dois pacientes com tetraplegia. A precisão da decodificação foi de 79% para um dos participantes, embora variando para o outro. Esse avanço oferece esperança para pessoas com dificuldades de comunicação, permitindo que pacientes sem voz possam "falar" novamente
Acho bem assustador isso, confesso que não tenho nada, absolutamente nenhuma confiança em usar um destes pelos próximos 50 anos… hehe
👍Recomendações da semana!
Conteúdo que assisti/li e achei interessante compartilhar!
Um resumo sobre o primeiro dia do evento Google I/O 2024
Um excelente vídeo sobre como funciona a cabeça de uma pessoa que procrastina:
Não deixe pra ver depois, hein! Hehehe
🏡 Vem participar conosco!
✌ Obrigadão!
Muito obrigado para você que leu nossa newsletter inteira, e pra quem leu só alguma parte também fica meu muito obrigado!
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Música para os meus ouvidos. O meu loop de repetição musical do momento é o CD Silk Song de Brunos Mars (o nosso Bruninho) e Anderson Paak. Mas tem uma música especial que tem o meu coração: Leave the Door Open.
Sugestão musical por: Rita Lisboa
Bom resto de semana e até a próxima!
O interessante é que falei sobre minha experiência (bem parecida) no discord e concordo muito. Ótimo texto.
É absurdo como a transição de carreira gere medo no coração de TODOS que estejam passando por ela, o que conforta é saber que não estamos começando do 0, só voltando algumas casas.
Essa relação de reviver pessoas com I.A me deixa apreensivo e ao mesmo tempo fascinado, coisa que eu não pensaria alguns anos atrás nunca.
Achei incrível o Newsletter dessa semana