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Analice Nicolau
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Trombose: entenda os mitos e verdades e saiba como se prevenir

Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia (SBTH) traz alertas importantes sobre a trombose, especialmente no cenário da pandemia de Covid-19

Analice Nicolau

07/07/2022 15h30

A trombose venosa profunda passou a ter mais visibilidade e atenção durante a pandemia de Covid-19. Entenda a relação entre os dois fatores

Quando falamos em trombose, muitas dúvidas surgem em mente: é somente genético? Mulheres têm mais predisposição a ter? Quando é fatal? E todas essas interrogações ganharam ainda mais espaço de discussão com a instauração da pandemia de Covid-19 em todo o mundo.

A Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia (SBTH), existe desde 2018 e tem como um dos seus objetivos principais, justamente propagar as informações corretas para sanar as principais dúvidas da população e até mesmo auxiliar a comunidade médica na melhor forma de conduzir os tratamentos e assim diminuir os casos e suas possíveis consequências. É válido lembrar que se trata de uma organização sem qualquer fim lucrativo.

Dr. Arnaldo Lichtenstein, cirurgião geral e diretor da SBTH, explica que a maioria das tromboses venosas profundas acontece em pacientes internados e por isso é necessário que os médicos estejam atentos. “A ideia é fazer com que todo paciente internado, sem exceção, seja avaliado pelo seu médico para averiguar se há risco de trombose. A maior parte dos hospitais já tem protocolo pra isso”, informa.

Dr Arnaldo conta que quando o risco é identificado, medidas simples e decisivas podem ser tomadas. “Tendo o risco, a melhor maneira de prevenir a trombose é colocando o paciente para caminhar se for possível ou usar meias elásticas e remédios específicos”, enumera. O diretor reforça ainda que em casos de predisposição genética, a atenção deve ser redobrada: “Quando a pessoa tem casos de trombose na família, devido ao histórico, deve sempre informar ao médico, até mesmo quando não for caso de internação. Porque nesses casos específicos existem alguns cuidados para serem tomados, como por exemplo o uso de alguns medicamentos como o anticoncepcional e até mesmo algumas atividades como viagens longas de avião”, acrescenta.

Trombose e Covid-19: qual a relação?

Pode-se notar durante a pandemia de COVID-19, que a trombose e a hemorragia foram fatores agravantes e, em muitos casos, de vida ou morte – literalmente. Todo esse cenário deixou a trombose em maior evidência e passou a ser um critério de avaliação e prevenção. A SBTH trabalhou e trabalha nessa frente para oferecer informações confiáveis por meio de pesquisas.

Dr Arnaldo Lichtenstein, esclarece que a COVID-19 trouxe muitos pacientes para a internação, inclusive em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), e todo paciente internado, independente da causa, deve ser avaliado com cuidado sobre os possíveis riscos de trombose, a Covid-19 é mais um ponto que precisa de atenção.

“A Covid-19 tem algumas particularidades que infelizmente levam o paciente a ter trombose em situações muito pequenas, fazendo que sim, todo paciente com covid tenha uma maior predisposição. Mas isso não significa que todo paciente com covid leve tenha que receber tratamento contra a trombose. Essa é uma ideia errada que vem circulando. Então todo caso precisa ser bem avaliado antes de tomar essa decisão”, destaca.

Conheça mais sobre a Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia (SBTH) pelo site oficial: https://www.sbth.org.br/

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