• Carina Brito
Atualizado em

Você gosta de uma roupa e tira uma foto. Sobe no aplicativo que usa inteligência artificial para identificar lojas que vendem peças similares. Esta é a proposta da Twiggy, plataforma lançada em fevereiro deste ano. “Conseguimos fazer com proximidade de cor, corte e caimento, para ficar o mais próximo do usuário e já o direcione para que ele possa comprar”, afirma Ian Oliveira, fundador e CEO da startup. Após sete meses de operação, a empresa — que também tem  Ariadne Alcântara e Murilo Costa como sócios — anuncia agora um aporte de R$ 600 mil, realizado por Wow e Bossanova Investimentos, em uma rodada pré-seed.

Sócios da Twiggy: Murilo Costa, Ariadne Alcântara e Ian Oliveira (Foto: Divulgação)

Sócios da Twiggy: Murilo Costa, Ariadne Alcântara e Ian Oliveira (Foto: Divulgação)

O negócio — que tem atualmente cerca de 50 marcas parceiras no catálogo, entre elas Calvin Klein, FARM e Riachuelo — alcançou valor de mercado de R$ 5 milhões com a rodada. “Começamos a criar algumas metas com investidores. Por exemplo, com a Bossanova, fazemos parte do fundo JK, em que temos reunião de alinhamento com o próprio João Kepler”, afirma.

O plano da startup é focar especialmente em contratação. Em fevereiro deste ano, a equipe contava com 4 pessoas — hoje são 14. E, com o aporte, a ideia é terminar o ano que vem com cerca de 50 pessoas.

Outro plano é internacionalizar a empresa. Para isso, a startup já está entrando em contato com marcas que têm potencial para parcerias em outros países da América Latina, com prioridade para Colômbia, México e Chile — na expectativa de realizar a expansão internacional ainda neste ano. A ideia é alcançar o valuation de R$ 50 milhões até o meio de 2023.

A Twiggy começou com uma dor comum no varejo observada pelos fundadores: a dificuldade de saber como os clientes pensam. “Nos deparamos com o conceito do ‘snap and find’, que significa tirar a foto e encontrar algo por meio daquilo. Pensamos que seria algo legal de se trabalhar”, afirma o CEO. 

A ideia era que as marcas inserissem todo o seu catálogo de produtos no aplicativo e, por meio da conversão dos clientes, a Twiggy recebia até 5% do valor da venda. No entanto, os empreendedores perceberam que havia um problema no volume de usuários — que não era o suficiente para o negócio ser rentável apesar de já ter marcas grandes parceiras.

Em março de 2022, eram cerca de mil usuários. Os empreendedores decidiram investir fortemente em campanhas de marketing para atrair mais clientes. Hoje já são cerca de 6 mil clientes no app. Há três meses, a startup também mudou a forma de captar dinheiro das marcas parceiras, que agora pagam uma assinatura mensal para estar na plataforma.

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