Desde que se assumiu uma mulher trans, Ella, de 26 anos, vem enfrentando ataques de ódio em suas redes sociais. A cantora, que ficou famosa antes da transição de gênero por cantar gospel no Programa Raul Gil, perdeu no início de novembro sua conta no Instagram após seu perfil receber diversas denúncias.
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A equipe de Ella, conhecida na infância como Jotta A, disse à Quem que a artista possivelmente sofreu um boicote “de supostos religiosos fundamentalistas que se organizavam para denunciar a rede social” dela. O suposto boicote veio à tona após a cantora receber prints de grupos do WhatsApp em que os participantes comentaram que denunciariam o perfil dela.
A artista abandonou o gospel para investir na música pop e, desde então, precisa lidar frequentemente com comentários transfóbicos em seus videoclipes e publicações. Em prints tirados por Ella, é possível ver as seguintes declarações: “Você virou uma aberração”, “Vira homem, porr*” e “Acredito na cura desse rapaz”.
A cantora, que somava quase 1 milhão de seguidores, abriu uma nova conta no Instagram, mas acionou seus advogados para tentar resolver a situação que ela definiu como "uma injustiça". De acordo com a equipe da artista, ela está “enfrentando dificuldades legais”, pois a “legislação ainda protege crimes de internet disfarçados de liberdade de expressão”.
"Eu sou a prova viva de que independentemente dos empecilhos, se autoconhecer e ser você mesma torna nossas histórias ainda mais brilhantes. Sonho em um dia que as pessoas possam viver suas verdades sem serem julgadas por isso", declarou a artista em nota enviada à Quem.