Mercado está à procura de profissionais da área de ESG – e os salários são altos

Mercado está à procura de profissionais da área de ESG – e os salários são altos

À medida com que cada vez mais as empresas estão adotando as boas práticas de Environmental, Social and Governance (ESG), cresce também a demanda do mercado por profissionais para a ocuparem essas posições.

No entanto, por se tratar de um setor relativamente novo, faltam pessoas capacitados para exercerem profissões focadas em ESG. Por isso, se você está buscando uma carreira com ótima remuneração (os salários podem chegar até R$ 20 mil) – ou quer se reposicionar no mercado – esta pode ser sua oportunidade, como veremos neste texto. 

No entanto, por se tratar de um setor relativamente novo, faltam pessoas capacitadas para exercerem profissões focadas em ESG. Estudo realizado pelo CFA Institute analisou um milhão de perfis no LinkedIn, e apontou que menos de 1% destes mostravam qualquer tipo de qualificação para atuar em carreiras relacionadas a uma conduta pautada pelo social, ambiental e de governança.

Com relação ao perfil dos profissionais que atuam no setor, pesquisa da Associação Brasileira dos Profissionais pelo Desenvolvimento Sustentável (Abraps) em parceria com a Deloitte, apontou que 30% deles possuem grau de escolaridade maior do que superior. O levantamento indicou também que formações como mestrado e doutorado compõem o currículo dos profissionais da área. Por último o estudo revelou ainda que 44% dos profissionais entrevistados possuem algum tipo de especialização específica na área.

Quanto à formação desses profissionais, esta abrange desde áreas menos relacionadas ao tema, como química, administração e design de produtos, até formações bem mais específicas, como é o caso das engenharias e da gestão ambiental. Esses dados apenas reforçam que a qualificação profissional impacta diretamente na conquista de uma vaga de trabalho.

Paralelo à essa tendência do mercado corporativo, cresce também o número de profissionais, em especial os jovens, que procuram empresas que cultivam as boas práticas de ESG para trabalharem. Pesquisa realizada pela consultoria Eureca sobre a percepção da ética pelos jovens, em especial no mercado de trabalho, indicou que organizações que adotam o ESG estão entre as preferidas pelos jovens. Nesse contexto, fica evidente o alinhamento entre jovens e empresas que se preocupam com estas métricas.

Adoção de práticas ESG é tendência global do mercado corporativo

A relevância do tema é tanta que alguns fundos de investimento ao redor do mundo optam, inclusive, por aportarem recursos somente em negócios responsáveis com o meio ambiente, a sociedade e a sua própria gestão. Apesar de ter se popularizado há pouco tempo, o tema ESG não é novo.

Em 2004, o então secretário da geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, convidou mais de 50 CEOs de grandes instituições financeiras a participar de uma iniciativa conjunta, para encontrar maneiras de integrar o ESG aos mercados de capitais. Antes disso, ainda nas décadas de 1970 e 1980, o chamado Socially Responsible Investing (SRI), que significa investimento sustentável responsável, em livre tradução do inglês, surgiu nos EUA. Nessa época os fundos de investimento começaram a definir seus aportes com base nos critérios sociais adotados pelas organizações que estavam em busca de recursos.

Atualmente há uma série de iniciativas globais com foco em garantir que as empresas sigam práticas mais sustentáveis de gestão, algumas delas lideradas pela ONU, como a Agenda 2030. Apesar dos esforços, alguns países têm registrado retrocesso em questões como redução de emissão de gases do efeito estufa, garantia de segurança alimentar e de emprego para suas populações e diminuição de pessoas em situação de rua nos centros urbanos – o Brasil está entre os países que compõem essa lista.

Entendendo os pilares do ESG

Agora vamos detalhar um pouco mais cada um desses pilares que formam a sigla, começando pelo Environmental (ambiental), que está relacionado às práticas adotadas pela empresa no que se refere à preservação do meio ambiente. Na pauta de discussão temas como poluição do ar e da água, desmatamento, emissão de carbono, aquecimento global, dentre outros.

Já o Social tem relação direta com a forma pela qual a organização lida com as pessoas que fazem parte de seus times, bem como todos os envolvidos em seus processos. Nesse âmbito estão questões como o respeito à legislação trabalhista, engajamento das pessoas no trabalho e a proteção de dados dos seus clientes e parceiros de negócio. Por sua vez o ‘G’, se refere à Governança (governance), e é considerado por muitos especialistas do setor como sendo a base das políticas do ESG.

Ligado diretamente à administração da empresa, sua aplicabilidade está relacionada à uma mudança de cultura, a qual deve passar por todos os setores da organização. Esse conceito deve pautar desde a conduta corporativa daquela organização até relação com órgãos estatais e serviços de atendimento ao cliente – um canal para reclamações/denúncias, por exemplo.

E então, gostou do tema? Para ficar atualizado sobre estas e outras tendências do mercado de trabalho, ambiente de negócios, marketing e vendas, siga-me no Linkedin ou acesse o site https://herrera.com.br para saber mais sobre meu trabalho.


Hemerson Santos

Diretor na STMA Consultoria em Segurança e meio ambiente Ltda

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Boa tarde Roberto, Acabo de fazer Pós-graduação de Especialista em ESG pela UNINTER. Teria alguma dica de onde poderia tentar iniciar minhas experiências prática no assunto?? grato e grande abraço!

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