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#PRÉDIOS INTELIGENTES
Prédios Inteligentes
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Artigo revisado 05/2020.
Transformação Digital
Não tem como falar de tecnologia sem falar um pouco de liderança ou pelo menos uma das principais funções da liderança, dos líderes ou como podemos chama-los “Liderantes” a capacidade de visão, enxergar à frente e olhar para o futuro.
Os Líderes sentem a necessidade de resolver problemas do presente projetando soluções em um futuro diferente (pequeno, médio ou longo prazo). Tecnologias são grandes sínteses dos exercícios de visão dos grandes líderes e através delas que vamos desenvolver o tema de hoje Prédios Inteligentes, que dependem muito da habilidade das lideranças inteligentes.
São projetados cenários através de pesquisas que identificam tendências que no ano de 2030, cerca de 75% a 80% da população mundial viverão em cidades e grandes centros urbanos, atualmente essa estimativa é de cerca de 54%, por tanto, uma grande preocupação social para que nos próximos anos as sociedades consigam preparar as cidades para acomodar de forma racional os impactos migratórios, a utilização de recursos urbanos e a mudança de estilo de vida pelo qual a população mundial irá transformar-se.
Esse exercício de visão é para contextualizarmos sobre o ponto de vista de liderança e nos faz pensar que muitas ações precederão ou acontecerão em simultaneidade com essa verdadeira revolução pela qual o mundo já está passando que é a transformação digital e que nós das ciências sociais aplicadas passamos a chama-la de:
“4º Revolução Industrial”.
As Revoluções
Sem nos estendermos muito e apenas para situar historicamente, seguem informações e pontos importantes das revoluções que precederam a 4º Revolução Industrial:
1º Revolução: Entre 1760 a 1860, marcada pelo surgimento e aprimoramento das máquinas a vapor que possibilitaram a produção em escala e as formas de industrialização principalmente pela Europa.
2º Revolução: Entre 1860 e 1950 o progresso científico e tecnológico ocorrido na Inglaterra, França e Estados Unidos, graças a descoberta e o aproveitamento de novas fontes de energia como o petróleo (o motor a combustão), as usinas hidrelétricas e o urânio das usinas nucleares.
Interessante notar o intervalo entre a primeira e a segunda revolução que são cerca de cem anos.
3º Revolução Industrial: Momentos importantes a partir da década de 1950 marcada pela eletrônica industrial com os semicondutores. Década de 1970 com os microcontroladores, os microprocessadores e a robótica. Na década de 1990 os PCs ou computadores pessoais, também o começo da popularização da internet (para os consumidores por linha discada com uso de modens telefônicos).
Depois de destacar pontos importantes das revoluções anteriores, vamos conceituar a 4º Revolução Industrial:
Quando começa a 4º revolução industrial? Pós anos de 2010……
Notem que o intervalo entre a 3º Revolução Industrial e a 4º é menor do que entre as revoluções anteriores. Essa informação pode indicar ciclos menores entre as próximas revoluções.
Segundo teóricos, o mundo passa por uma transição de época e estaria no início da 4ª revolução industrial ou da chamada Indústria 4.0.
O desenvolvimento e a incorporação de inovações tecnológicas vão mudar radicalmente o mundo como o conhecemos e moldar a indústria dos próximos anos. O professor alemão Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial, desenvolve a ideia de que já estamos vivendo nessa nova Era.
“Estamos a bordo de uma revolução tecnológica que transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Em sua escala, alcance e complexidade, a transformação será diferente de qualquer coisa que o ser humano tenha experimentado antes” diz Schwab no livro “A Quarta Revolução Industrial”, publicado em 2016.
Fonte:
A integração de tecnologias, a conversão de tecnologias analógicas em tecnologias digitais, destaca-se por:
- Alta disponibilidade de comunicação,
- Alta disponibilidade de conexões com o uso da internet,
- Alta disponibilidade e uso de smartphones
- Alta disponibilidade de informações
- Grande volume de informações e interligações tecnológicas
Essas mudanças permitiram a diminuição das distâncias entre as pessoas, coisas e organizações através do mundo digital ou mundo virtual caracterizando-se como o ponto principais de mudança para uma nova fase de desenvolvimento humano e social.
É importante lembrar que a convergência digital, transformação digital, 4º revolução industrial ou até mesmo cidades inteligentes não são apenas apelos de marketing, são descrições do estilo de vida da sociedade em que vivemos e viveremos nos próximos anos e décadas com a incorporação dinâmica de mais e novas tecnologias adaptando as culturas sociais.
No mundo de hoje onde convivemos cada dia mais com “disrupturas”, ou seja, novas formas e estilo de vida que são captadas ou promovidas pelo mundo dos negócios “ganha mais” quem apresentar novas formas de consumo alinhadas com as necessidades, expectativas e possibilidades das pessoas.
Todas essas mudanças exigem que nós consumidores nos aprimoremos “filtrando” as informações para que possamos discernir sobre o que é relevante como base de consumo sustentado, informação de qualidade, qualidade de vida e geração de conhecimento. Em tese a responsabilidade é toda nossa consumidores:
“Você sabe para quem você dá o seu like?”
Provocações nesse novo e mais intenso ambiente de rede sociais onde “agora passamos a maior parte de nossas vidas”.
Seguindo com o artigo e após contextualizar duas informações importantes que são a 4º revolução industrial e a caminhada rumo as Cidades Inteligentes, podemos também destacar a importância e chamarmos a atenção dos líderes para a trilogia de artigos que desenvolverão esses conceitos:
- Prédios Inteligentes, esse primeiro artigo com provocações para reflexões sobre produtos e serviços que acompanharão as mudanças e necessidades nas estruturas prediais e na vida em condomínio.
Os textos seguintes darão sequência a trilogia:
- Bairros Inteligentes, o segundo artigo com provocações para reflexões sobre as mudanças que os bairros dos centros urbanos terão que promover para acompanhar as mudanças exigidas pelas novas cidades inteligentes.
- Cidades Inteligentes, o terceiro artigo com provocações para reflexões sobre as mudanças que os governos e a sociedade precisarão promover para alcançarmos esse conceito de “modernidade”.
Segue então o primeiro artigo a partir da introdução:
Prédios Inteligentes……..
Introdução: Prédios Inteligentes
Nesse artigo sobre Prédios Inteligentes vamos abordar de forma simples apenas para estimular o pensamento do leitor a comparar e visualizar as adequações possíveis e necessárias sobre o ponto de vista da tecnologia o que serão os imagináveis e necessárias aos Prédios Inteligentes.
Se pensarmos nos temas que serão abordados na trilogia dos próximos artigos podemos explicar um pouco melhor o conceito de prédios inteligentes fazendo um paralelo entre cidades inteligentes.
Por exemplo:
Um instrumento importante para cidades inteligentes e de fácil entendimento é a utilização de serviços públicos através de aplicativos, ou seja, em uma cidade inteligente o cidadão pode solicitar uma conta de luz, de água ou um documento municipal através de plataformas digitais usando o próprio smartphone.
Os cidadãos poderão também solicitar qualquer outro tipo de serviços pelo smartphone porque o Estado estará inevitavelmente presente através de aplicativos próximos aos cidadãos, isso poderá tornar-lo mais enxuto com “possibilidades” de ser também mais eficaz. Será …?
Hoje os cidadãos percebem, mas não tem em grande parte dos serviços todos os registros e informações para pontuar com precisão as inconsistências do Estado, então será que os governantes promoverão esse tipo de atualização tecnológica que potencializará informações sobre eficácia dos serviços públicos?
Resposta:
As necessidades sobre informações para eficácia dos serviços públicos serão a base para a mudança que poderá acontecer até mesmo de forma compulsória. Por analogia de sistemas de informações de outros serviços como por exemplo os privados “google” medições com o uso de inteligência artificial poderão facilmente indicar a performance dos serviços do Estado, independentemente de qualquer ação pública.
“Os políticos precisarão cuidar das Pólis obrigatoriamente com tecnologias, não se trata apenas de opção!”
A plataforma ou as plataformas que permitem com que os cidadãos das Cidades Inteligentes consigam utilizar serviços de formas inteligentes, ou seja, conceitos baseados em tecnologias, podem também ser replicados para o entendimento da operação e uso dos Prédios Inteligentes.
Fatos Importantes:
- Não é possível transformar Prédios Inteligentes sem líderes inteligentes.
- Não é possível fazer transformação digital sem transformação cultural.
- Não é possível avançar apenas com simples fornecedores é preciso desenvolver parcerias estratégicas.
Tipos de recursos em Prédios Inteligentes:
Os usuários dos prédios inteligentes podem solicitar o boleto de taxa de condomínio ou enviar um convite para seus visitantes acessar o prédio com prévio cadastro no sistema de controle de acesso utilizando uma plataforma tecnológica através de aplicativos. Com plataformas completas ou específicas podemos exemplificar ainda o que a tecnologia pode oferecer para administradores prediais ou síndicos, muitas informações estruturais e importantes que produzem segurança, eficiência, economia e sustentabilidade.
O conceito de Prédios Inteligentes está baseado na integração total do fluxo das informações de pessoas e coisas, trafegando em sistemas inteligentes prediais, informações que deverão ser utilizadas para a melhor performance dos sistemas e equipamentos, e melhor qualidade de vida de todos os usuários e da sociedade.
Conceitos de integração:
- Tudo conectado
- Todos conectados
- Informações de Pessoas
- Informações de Coisas
- Informações gerais qualificando a tomada de decisão
- Sistemas Inteligentes
- Plataformas Inteligentes
Pessoas e coisas gerando informações para sistemas que possam promover os objetivos principais.
Os 4 Pilares – Prédios Inteligentes:
- Segurança
- Economia
- Eficiência
- Sustentabilidade
Sistemas inteligentes que possam facilitar a vida de todos, o ar condicionado da unidade pode preparar o ambiente se souber que os usuários estão chegando (integração dos sistemas dos prédios inteligentes com os sistemas das unidades).
Sistemas do prédio consultando e integrando banco de dados por exemplo de fornecedores homologados.
Não é possível pensar em um sistema inteligente onde a informação não seja de fato a base desse sistema.
Se não tem informação:
- O sistema não pode ser medido
- O sistema não pode ser melhorado
- O sistema não pode aprender
- O sistema não pode economizar
- O sistema não pode ser seguro
Os Prédios Inteligentes oferecem resultados fantásticos e tecnicamente os desafios são muito menores do que os desafios humanos.
Nota Técnica
Claro que o artigo não é um material técnico, mas importante pontuar algumas informações apenas para vincular leitores que procuram aprofundar as pesquisas em sistemas e prédios inteligentes.
Prédios inteligentes são equipados com sistemas analógicos e digitais que recebem informações diversas e respondem de forma inteligentes as dinâmicas provocadas por pessoas e coisas.
Exemplo:
| Entrada de Informações | Processamento das Informações | Respostas Sistêmicas |
| Sensores Two way | Programar Respostas | Automáticas |
| Sensores Two way | Programar Alternativas | Parametrizadas |
| Câmeras I/O | Visão Computacional | Analíticas |
| Dispositivos RF e outros | Cognitivas I. A. | Analíticas |
| Outros |
A partir de informações coletadas por sensores ligados a barramentos de interligação (parte física de comunicação e protocolo de linguagens) segue o processamento executado integrando hardware, software, banco de dados e outras partes dos sistemas buscando e promovendo respostas.
Os processamentos de informações variam em modalidades: local, centralizado, descentralizado, usando placas de gerenciamento, usando terminais de processamento e servidores de dados. As estruturas variam também de locais, remotas e estruturas em nuvem computacional.
Os sistemas inteligentes funcionam basicamente sobre a aquisição de dados, supervisão, diagnose, processamento e respostas inteligentes.
Esse é um conceito simples de operação de sistemas inteligentes, mas descreve tecnicamente a operação.
Desafios – Prédios Inteligentes
Voltamos a destaca que os desafios serão mais de recursos humanos do que de tecnologias, vamos então destacar alguns:
- Transformação Digital comuns a sociedades
- Racionalização de Recursos (uso e entendimento)
- Utilização de recursos compartilhados
- Recursos Financeiros
- Lideranças
- Soluções Escaláveis
- A Cultura do “brinde”
- Consultoria especializadas
- Transformação Digital nas Administradoras
- As marcas
Além dos desafios externos aos condomínios que são desafios da própria sociedade precisamos comentar que características particulares de cada prédio podem ser consideradas também como grandes desafios a transformação digital para prédios inteligentes
A racionalidade dos recursos, a economia compartilhada o uso e o consumo de produtos e serviços sofrem quebras de paradigmas numa nova “comunidade” e a posse não é mais o principal impulsionador dos negócios. O uso compartilhado de bens, instrumentos e equipamentos é a uma forte tendência que veio para ficar em uma nova economia, nova sociedade e esse modelo de utilização de recursos está melhor definido a cada dia que passa.
A vida em condomínio é um exemplo claro de utilização de recursos compartilhados que integram recursos proprietários (domínio particular, unidades), mas também de recursos coletivos. Direitos e deveres individuais e coletivos estão envolvidos nessa equação condominial e devem ser respeitados, podendo e devendo estar parametrizados por sistemas inteligentes.
O ponto principal na utilização de recursos é em primeiro lugar entender que ele já existe de algum modo e a inteligência estará na forma de acessá-lo.
Os recursos financeiros também fazem parte dos desafios importantes para a transformação digital, mas existem alternativas bem consolidadas para a superação desse tipo de problema, desde o típico rateio entra as unidades condominiais até o acesso as linhas específicas de créditos e financiamento por bancos e empresas especializadas nesse tipo de operação.
Algumas modalidades de viabilidade econômica:
- Investimento com base em reserva orçamentária
- Investimento com base em rateio entre unidades
- Investimento coberto por novas performances sistêmicas
- Viabilizar a implementação por locação
- Viabilizar a implementação por comodato
- Financiamentos diretos e indiretos
Um exemplo claro que as lideranças fazem parte dos desafios para transição digital em Prédios Inteligentes é o típico caso de excessos de responsabilidades depositadas aos gestores em contrapartidas as baixas autonomias e alçadas mal desenhadas e atribuídas a eles. Precisam ser desenvolvidos mecanismos para integrar essas funções e até mesmo soluções colegiadas em plataformas para dinamizar a resolução dessas dicotomias.
As lideranças devem estar atentas para que esse momento, esse período de transição entre o mundo analógico e o mundo digital, esse período de articulação entre esses dois mundos possa ser aproveitado da melhor forma possível. É necessário a conscientização das pessoas, mas principalmente das lideranças que em tese coordenam essa transição. Os líderes precisam entender, vender e se apropriarem dos benefícios das transformações digitais para promoverem essas mudanças.
As lideranças precisam se questionar sistematicamente se elas conseguem efetivamente desenvolver, organizar e promover a motivação necessária em torno dos objetivos desejados para a transformação digital dentro dos seus “territórios” É preciso evitar o descolamento, ou seja, quando todos as referências dentro de um mesmo perfil demostram desigualdades muito grandes em atualização tecnológicas.
Desafios disfarçados em soluções: Outro fator cada vez mais comum como propostas aos prédios e condomínios são as ofertas de soluções de tecnologias “escaláveis” oferecidas pelo mundo das startups, cuidado com essas ofertas. Importante sempre a análise dos gestores na aquisição de soluções de tecnologias para que elas possam integrar as demais soluções e verticais em sistemas prediais. A solução precisa ser adequada para o prédio e não apenas um “case de escalabilidade da startup”, para não se potencializar como uma ferramenta pontual, não integrada e “obsoleta”.
O desafio do brinde, muitos fornecedores alimentam contratos com gentilezas e “brindes”. Cuidado com os brindes disfarçados em soluções, num primeiro olhar parece um benefício, mas se analisado friamente podem revelar resultados negativos.
A falta de Consultorias também é muitas vezes um ponto sensível já que em meio a muitos problemas de ordem administrativa, financeira e comportamentais os gestores prediais e síndicos se sentem sem “assessoria competente” para equipar os prédios e promoverem a transformação digital.
A visão consultiva em prédios inteligentes defende que cada prédio deva demandar de solução específicas e adequadas as suas próprias defasagens ou da necessidades de sua comunidade, soluções pontuais são importantes, mas desde que possam ser integradas para possibilitar em algum momento a viabilidade de uma solução maior e completa, evitando por exemplo várias soluções individualizadas obrigando os usuários interagir com vários aplicativos diferentes que geram informações independentes e descentralizadas desviando os objetivos principais para prédios inteligentes.
Aconselhamos a busca de consultorias especializadas para promoverem adequadamente a transformação digital e a implementação de Prédios Inteligentes
O desafio das administradoras: Importante notar também que no decorrer do processo e da elaboração dos Prédios Inteligentes as administradoras de prédios e condomínios possam ser consultadas, ou seja, o papel da administradora exige que elas devam emitir pareceres sobre os desafios rumo as implementações inteligentes. Com certeza o parecer da administradora pode traduzir muito do tipo de assessoria que se pode ter desse importante ator no mundo da gestão predial.
O desafio das marcas: Elas são importantes sim, mas também perigosas quando verticalizam em demasia, ou seja, a necessidade de agregar serviços e produtos tiram o foco do seu negócio principal, e assim, mergulham também nesse rio de modernidade instável e se tornam sobreviventes e perigosas.
Plagiando o mestre Bauman, num mundo líquido onde as relações pessoais e de consumo são cada vez mais “precárias” e com grande “volatilidade” os consumidores recorrem as marcas como grade de refúgio e segurança.
Como consumidores precisamos ficar atentos as experiencias que as marcas estão oferendo a seus consumidores (positivas e negativas) para não cairmos numa armadilha.
“A marca é, a marca foi ou a marca vai ser?
A marca é boa nisso, mas também naquilo?”
O que significa a marca para nós consumidores, um ensaio para essa resposta de um grande pensador……
“Temos inúmeras possibilidades de escolha e consumimos produtos que identifiquem um determinado estilo de vida e comportamento. Ao transformar tudo em mercadoria, nossa identidade também se constitui a partir da satisfação do prazer pelo consumo. Marcas e grifes se tornam um símbolo de quem somos. Sua compra também significa um status social, o desejo de um reconhecimento perante os outros” (Zygmunt Bauman)
Fonte:
Conceitos Importantes em Prédios Inteligentes
Os objetivos principais em Prédios Inteligentes é a elaboração de seus quatro pilares de sustentação teórica: Segurança, economia, eficiência e sustentabilidade.
Além dos quatro conceitos principais ou 4 Pilares, outros importantes também precisam ser considerados a implementação e transformação digital para os Prédios Inteligentes:
- Os 4 Pilares – Prédios Inteligentes
- Verticais – Prédios Inteligentes
- Ciclos de Tecnologias – Prédios Inteligentes
- Instrumentos Importantes – Prédios Inteligentes
O destaque desses conceitos é para contribuir com os líderes e gestores a avaliarem além das questões técnicas que envolvem a transformação digital também as questões de processos.
Os 4 Pilares – Prédios Inteligentes:
O objetivo principal de um prédio inteligente é oferecera aos usuários Segurança, Economia, Eficiência e Sustentabilidade utilizando sistemas ou plataformas inteligentes. Sistemas quando processos automatizados ou informatizados recebem informações de coisas ou pessoas e são processados em servidores instalados no próprio local. Plataformas inteligentes quando as informações de coisas ou pessoas são gerenciadas por sistemas conectados em nuvem disponibilizando também recursos para dispositivos pela internet.
Segurança, os sistemas de segurança são importantíssimos de serem integrados aos sistemas ou plataformas de prédios inteligentes para gerar informações eficazes que possam ser gerenciadas de forma a promoverem segurança efetiva, por exemplo: um sistema de controle de acesso de objeto ou de pessoas que possam rastrear informações desde a prevenção até a utilização de fato para operação da segurança, ou seja, impedir um acesso não autorizado de pessoas ou registrar informações para ação investigativa. Os sistemas de segurança precisam ser compostos por visão 360º e responder a criticidades apontadas em avaliação e análise de riscos.
Economia, todas as informações geradas por coisas ou por sistemas e que possam ser disponibilizadas para uma plataforma de prédio inteligente são importantes do ponto de vista de economia.
Exemplo de prevenção e desperdício de água:
Um sistema que detecta e impede que aconteça uma extravasão, ou seja, um transbordamento de água numa caixa d’água, isso é possível quando ela dispõe de sistemas para ser monitorada e ou automatizada, apenas para pontuar um tipo de solução.
Eficiência, quando pessoas e coisas estão conectadas gerando informações dentro de um sistema ou plataforma de prédios inteligentes a eficiência pode ser monitorada como por exemplo o uso de energia elétrica, luzes ligadas em horários certos para aplicação específicas, ou compra de energia do fornecedor mais barato seguindo demandas e horários estratégicos, ou ainda o uso do histórico de informações geradas pelos sistemas para o gerenciamento de ações voltadas para investimentos de eficiência como por exemplo contratos de performances.
Sustentabilidade, esse ponto é muito importante pois se trata de um tópico que sintetiza muitos conceitos em comum como por exemplo economia e eficiência, ou seja, se o determinado sistema permite economia os recursos não utilizados geram sustentabilidade porque significa que estão sendo usados de forma otimizada sem desperdícios. A sustentabilidade diz respeito a inteligência no uso e na preservação de recursos. Exemplo claro pode ser entendido nos sistemas de reciclagens.
Verticais – Prédios Inteligentes:
Um conceito importante é de classificar os assuntos coligados a “verticais específicas” como por exemplo associar tudo que se refere a energia ou parte elétrica a uma ou mais verticais que agrupem valores integrados, assim todas partes de uma mesma vertical serão envolvidas quando às mesmas estiverem em questão.
Por exemplo:
A Vertical de Energia envolve todos os assuntos, sistemas, fornecedores e responsáveis relacionados à energia, ou seja, o fornecimento de energia, fontes de energia, distribuição e consumo de energia.
A cultura de tratar assuntos coligados como verticais envolvendo todas as partes em processos diminui as chances de erros quando comparado ao tratamento de forma isolada, em tese minimiza erros individuais provocarem consequências mais amplas e sistêmicas, é um conceito importante para ser observado por gestores de todas as ordens.
Vamos descrever algumas verticais ou sistemas que podem ser embarcados em plataformas tecnológicas específicas ou plataformas mais complexas e completas possibilitando a implementação de prédios inteligentes:
Exemplo de Verticais – Prédios Inteligentes
- Água: Racionalização do uso de água, automação de bombas de águas, individualização e medição do uso de águas.
- Luz: Racionalização do uso de energia elétrica, eficiência energética, performance de sistemas com uso de energia elétrica.
- Gás: Racionalização e segurança no uso de gás.
- Lixo: Gestão de resíduos sólidos úmidos e secos, tudo que pode ou não ser reciclado no descarte.
- Elevadores: Integração de sistemas de elevadores para elevar nível de segurança, eficiência e autonomia.
- Interfonia: Sistemas de comunicação simples e direta para unidades prediais ou usuários com previsão contingenciais.
- Ar Condicionado: Sistemas inteligentes que garantem qualidade de vida e produtividade em estruturas prediais, precisam de camadas de inteligência pois utilizam recursos que precisam ser racionalizados.
- Climatização: Sistemas de ar condicionado com níveis de inteligência que permitem a melhor utilização dos recursos em geral são mais inteligentes do ponto de vista de tecnologias e integrações.
- Automação: Gestão de sistemas a partir de coleta informações sistêmicas como iluminação, ar condicionado e outros subsistemas de automação.
- Administração: A gestão das informações necessárias e importantes para o bom funcionamento do prédio e das unidades: contratos individuais, contratos coletivos,
- Financeiro: Funções ou serviços financeiros condominiais e prediais, taxas, extratos etc….
- Social: Gestão da parte social, clube, churrasqueiras, academias e outras áreas comuns.
- Segurança: Gestão dos sistemas de segurança, proteção perimetral, controle acesso, incêndio, vídeo monitoramento e outros.
- Telecomunicações: As infraestruturas de telecomunicações são condições essenciais para implementação e operação de prédios inteligentes comunicação interna e externa caracterizada principalmente pelo acesso à internet.
- Incêndios: Todos os sistemas destinados a incêndios em prevenção, detecção e combate. Quanto mais informações e integração entre os subsistemas mais eficaz se torna essa vertical.
Destaques da Vertical Segurança – Prédios Inteligentes
A vertical de segurança é uma das mais importantes dentro do conceito de Prédios Inteligentes porque é a vertical que de forma direta administra o maior número de riscos envolvidos em na operação e no dia a dia dos Prédios Inteligentes.
A vertical de segurança deve integrar todos os sistemas, subsistemas e instrumentos aplicados a segurança.
Os principais instrumentos de segurança são:
- Legislação de Segurança
- Política de Segurança
- Infraestrutura de Segurança
- Recursos Humanos aplicados a Segurança
- Sistemas de Segurança
- Treinamento e Procedimentos de Segurança
As principais estruturas de segurança são:
- Planejamento e Gerenciamento das Operações Ordinárias
- Planejamento e Gerenciamento de Crises
- Estruturas locais
- Estruturas de apoio
Análise de Riscos e defesas nas principais camadas de proteção da Vertical Segurança:
- Proteção Perimetral
- Controle de Acesso Pessoas
- Controle de Acesso Veículos
- Controle de Acesso Objetos
- Alarmes monitorados 24 horas
- Vídeo Monitoramento por câmeras
- Sistemas de proteção locais
- Sistemas de proteção remotos
- Plataformas em Nuvem
- Sistemas de Incêndio
- PAM – Plano de Ajuda Mútua
- Supervisão e apoio externo
Ciclos de Tecnologias – Prédios Inteligentes
Com a necessidade de racionalização de recursos, os prédios precisarão cada dia mais de sistemas e subsistemas que permitam com que eles possam oferecer aos usuários e administradores informações e instrumentos de operação e gestão. A medida em que patologias nas construções de prédios antigos ou novas funções de operação tecnológicas surjam como opções, exigirão dos administradores prediais a competência em organizar reformas “retrofit” e adequações nas construções. Por outro lado, as autoridades também regularão sobre a forma de lei os termos das principais reformas exigidas como “inteligências necessárias” para utilização de prédios como por exemplo a lei federal 13.312 de 12/07/2016 que passa a valer a partir de 2021 sobre a individualização de águas para prédios novos.
Para desenvolver o tema “Prédios Inteligentes” e para tentar sermos didáticos, descrevemos os quatro principais estágios ou ciclos de recursos sobre o ponto de vista de tecnologia existentes, aplicáveis e possíveis nos sistemas prediais.
Ciclo 1:
Tecnologias Analógicas: São prédios totalmente analógicos, ou seja, com pouco recursos tecnológicos, poucos motores para automação, poucos sensores de leitura de informações, nenhuma interação com o usuário, baixa ou nenhuma mensuração de valores sistêmicos, nenhum sistema de monitoramento, gerenciamento local ou externo, nenhum sistema ou subsistemas técnicos ou operacionais contingenciados com dupla ou tripla redundância.
O exercício para entender o que é um prédio com “tecnologia no estágio analógico” pode ser praticado a partir da análise de qualquer sistema que precise funcionar ou operar automático ou manual, desde um sistema mais simples como por exemplo um sistema de esgoto ou de coleta de lixo até um sistema mais complexo como por exemplo um sistema de detecção e combate a incêndios.
Classificamos como tecnologias analógicas em função do baixo nível de complexidade sistêmicas, são sistemas de composição simples sem utilização de sistemas ou de subsistemas digitais isolados ou integrados.
Ciclo 2:
Tecnologias Automáticas: São prédios que apresentam sistemas com algum nível de supervisão, local ou remota, gerenciamento e interação entre os usuários, ou seja, medidores gerenciadores e acionadores pontuais.
Para melhor entendermos esse conceito podemos por exemplo imaginar um sistema de detecção de incêndio simples que através de sensores detectam alterações parametrizadas de incêndio e sinalizam os eventos de forma local ou remota para devidas providências.
Classificamos como tecnologias automáticas em função do baixo nível de processamento a partir da entrada de informações até as respostas sistêmicas apesar da utilização de sistemas e subsistemas digitais.
Ciclo 3:
Tecnologias com Automação: São prédios que dispõem de sistemas informatizados e complexos que podem ser ajustados, parametrizados ou configurados de acordo com a necessidade dos usuários de forma local ou remota.
Um ótimo exemplo de tecnologias com automação é o caso dos sistemas de portarias remotas que se aplicam a condomínios residenciais. Basicamente são sistemas apoiados em controle de acesso comunicação e imagens de câmeras que permitem com que moradores e convidados possam ter acesso controlado aos condomínios sem interferências diretas de um atendente (porteiro) no local, o “o porteiro atende de forma remota”. São sistemas complexos com integração de vários subsistemas e com alto nível de interação entre os usuários. São sistemas robustos que precisam operar por conceito de forma remota garantindo que os sistemas de automação e seguranças possam ser acionados por centrais de monitoramento 24 horas a distâncias com qualidade no uso das informações, rastreabilidade e total confiança no uso das tecnologias.
Classificamos como tecnologias de automação em função dos sistemas operarem de forma automatizadas, ou seja, recebem informações, processam essas informações entre sistemas e subsistemas integrados e geram respostas que automatizam os processos. Alto nível de complexidade, captação das informações “necessárias e específicas” na maioria das vezes através de sensores. Produção de respostas pré-programadas ou parametrizadas de médio ou alto processamento sistêmico além de forte integração com comunicação e interação com usuários e operadores.
Ciclo 4:
Tecnologias Autônomas ou Inteligentes: São prédios que podem funcionar de maneira autônoma porque possuem tecnologias de alta complexidade com análise de dados em tempo real, integração com inteligência artificial e acesso das aplicações em nuvem, ou seja, aplicações que integram servidores virtuais capturam e processam informações e respostas com recursos altamente tecnológicos através do uso da rede de internet e dispositivos de interface.
Podemos tomar como exemplo de prédios inteligentes um sistema parecido como o de portaria remota. Mas, nesse caso ao invés de um prédio que precise de suporte local ou remoto para atendimento aos usuários, teremos um sistema totalmente autônomo e inteligente onde as variáveis de exigências do prédio são gerenciadas e solucionadas pelo próprio sistema. O Sistema percebe algum tipo de informação, processa e responde de forma inteligente usando visão computacional, reconhecimento facial, reconhecimento comportamental, análise de dados, análise de imagens, análises de todos os tipos de recursos ligado as inteligências artificiais.
Classificamos como tecnologias autônomas ou inteligentes porque os sistemas e subsistemas que compreendem essa tecnologia são projetados para que possam prever todas as situações ou a grande maioria das situações em que o sistema será exigido a responder e permitir o fluxo natural de uso do prédio e dos sistemas
Imaginem a quantidade de melhorias necessárias para transformarmos um prédio que está no estágio de tecnologias analógicas em um prédio que precisará alcançar o estágio de tecnologias autônomas ou inteligentes. Isso mesmo, precisará, em função de limitação de recursos como água, luz, ar condicionado, segurança ou pessoas para suportar a operação de um prédio que não for inteligente. Daqui a 11 anos viveremos um cenário de alta racionalidade de recursos, segundo as expectativas, e então as tecnologias serão os instrumentos necessários, intuitivos e complementares a nossa vida urbana e os prédios inteligentes serão uma necessidade real e não mais uma expectativa.
Check list simples de análise de tecnologias:
Como sugestão e referência para análise classificamos os quatro ciclos de tecnologias como estágios que caracterizam a evolução dos sistemas prediais.
Propomos aqui um Assessment para análise simples sobre qual ciclo em que o gestor predial enquadra os níveis de tecnologias aplicados a construção em análise.
- Ciclo 1 Tecnologia = Analógico
- Ciclo 2 Tecnologia = Automatizado
- Ciclo 3 Tecnologia = Informatizado
- Ciclo 4 Tecnologia = Autônomo
| VERTICAIS | 1 | 2 | 3 | 4 |
| Água | ||||
| Luz | ||||
| Gás | ||||
| Lixo | ||||
| Elevadores | ||||
| Interfonia | ||||
| Ar Condicionado – | ||||
| Climatização | ||||
| Automação | ||||
| Administração | ||||
| Financeiro | ||||
| Social | ||||
| Segurança | ||||
| Telecomunicações | ||||
| Incêndios | ||||
A análise preliminar das construções e do ciclo ou estágio de tecnologia em que se encontram se dá a partir dos comentários e consequentemente enquadramento sobre o ponto de vista dos gestores prediais.
É claro que esse instrumento é apenas provocativo, para a devida análise técnica e especializada o gestor predial precisa contar com profissionais qualificados.
Instrumentos – Prédios Inteligentes
O último conceito que gostaríamos de destacar como estratégia desse artigo são os instrumentos que qualificarão a operação dos Prédios Inteligentes.
- Infraestrutura
- Contingências
- Plano de Saveing de Sistemas
- Plano de Integração de Sistemas
- Sistemas
- Plataformas
- Metodologias análise
- Metodologia de implantação
Vamos elaborar um pouco mais esses itens.
Infraestrutura, os principais pontos físicos de gerenciamento e operação dos prédios inteligentes precisam estar interligados fisicamente para troca de informações e principalmente ampliação dos recursos de telecom.
Contingências, se estamos falando de prédios inteligentes não podemos ficar reféns de quedas de energia e falhas da operadora de internet, portanto, ter estratégias e tecnologias contingenciando possíveis falhas de fornecedores usando nobreak e geradores como no caso de falhas de energia elétrica ou ainda dispositivos que gerenciam a utilização de duas ou três operadoras de internet para evitar queda de comunicações é sim um item muito importante na elaboração de prédios inteligentes. As contingências devem incorporar várias camadas de tecnologias, sistemas e operações.
Plano de Saveing, ou plano de salvamento, deve ser elaborado um bom plano de aproveitamento de sistemas já instalados nos prédios, isso quando possível, porque inovar também requer romper com o presente. A integração de sistemas precisa ser bem analisada para potencializar esse importante ítem que considera também investimentos.
Plano de Integração, esse item deve ser bem analisado porque envolve prazos e recursos na elaboração e também nos ajustes, muitos projetos com 80% de desenvolvimento são paralisados ou abandonados por conta de análise precária na fase de integração.
Sistemas, todos os sistemas de um prédio como energia, ar condicionado ou controle de acesso devem ser gerenciados a partir de uma plataforma de prédios inteligentes e além de plano de salvamento de sistemas e plano de integração o plano de prioridades também deve ser observado sobre o ponto de vista de sistemas para elaboração e implantação de Prédios Inteligentes.
Plataformas, são sistemas com conceito de integração que conversam com outros sistemas e subsistemas eletrônicos (hadware e software) plataformas com arquiteturas modernas são estruturados em nuvem e possibilitam interação através de smartphones.
Metodologia de Análise, é muito importante que análise de implantação aplique ponto a ponto sistema a sistema a visão 360º para minimizar riscos e impactos negativos.
Metodologia de Implementação, cada prédio ou condomínio tem seus pontos fortes e fracos assim como suas listas de prioridades, mas dois itens merecem destaques na implementação de prédios inteligentes são eles contingenciamento e infraestrutura. Sem esses itens fica praticamente impossível seguir com a elaboração de prédios inteligentes e devem ser observados como prioridades.
Questionário modelo básico Prédios Inteligentes:
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScRGTNgbVNJYNcbZfffzo9JSzuV3mXQtGzpWfsdWGeIdba8ow/viewform
Considerações Finais
As lideranças precisam de motivação, provocações para promoverem políticas e implementarem instrumentos, sistemas que acomodem as um”danças necessárias para o novo cenário social permeado por tecnologias, conectividade e inovação. Movimento que deve acontecer em todos os tipos de lideranças; as políticas; as lideranças da iniciativa privada; das ONGs; e até mesmo lideranças sociais ou do “Quarto Setor”.
De acordo com o artigo líderes e gestores prediais, líderes de comunidades, empreendedores, todos os agentes da sociedade deverão ser envolvidos nesse movimento de desenvolvimento e utilização de tecnologias para melhorar a qualidade de vida das pessoas, mas principalmente racionalização de recursos.
A tecnologia tem como objetivo final enobrecer o trabalho humano tem também o objetivo de melhorar a qualidade de vida, quando um médio puder “monitorar” a pressão de seu paciente 24 horas por dia a qualidade de vida desse paciente será em tese muito melhor, mas isso é um desafio humano muito mais do que tecnológico.
Para alcançarmos as mudanças necessárias á construção de cidades inteligentes devemos começar as mudanças pelas pessoas, informando-as e qualificando-as para que na função de cidadãos e de líderes possam promover atualização dos aparelhos sociais que darão suporte as mudanças. Exercerem a responsabilidade social como forma de organização e prevenção esse conceito deve estar a frene da responsabilidade civil apenas como forma de responsabilização ou remediação.
Líderes, atuem com estratégias porque os desafios para o futuro são enormes e quanto mais preciso o exercício da visão mais condição de enfrentamento e produção de resultados.
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Desafios da Pandemia (anexo)
Inteligência sempre é bom, ainda mais quando nosso ambiente não nos permite sobressaltos em função de investimentos. Não é porque não sabemos fazer, não é porque não sabemos nos organizar é porque o resultado é um vetor que leva em consideração também as forças externas e não apenas nossas motivações internas.
O impacto da pandemia no mundo mostrará resultados nas localidades que descreverão fatores relevantes de liderança, organização e aplicação de recursos, mas a inteligência será o valor mais relevantes demonstrados nos resultados.
Inteligência é saber trabalhar com a informação, vamos ver os resultados da pandemia quando compararmos os dados de medidas e contramedidas em países diferentes como EUA, Filipinas, Peru e Brasil, diferentes entre cultura, política e economia. A análise desses dados definirá muito sobre inteligência de gestão de crise.
As análises de informação de forma massiva, ou seja, dados de países ou continentes sem dúvida são diferentes de análise de informações do nosso microcosmo que são os prédios e condomínios inteligentes tratados aqui nesse artigo. O ponto de convergência desses dois mundos que merece sempre destaque se chama informação.
A informação é o valor mais importante para as outras cadeias de valores agregados como cadeia de decisão e análise de impactos.
Se os gestores não têm as informações para análise e tomada de decisão tudo fica baseado em sentimento, isso não é um modelo muito eficiente no desenvolvimento e enfrentamento de desafios, ainda mais em crises complexas como essa da pandemia COVID-19.
A informação pode trazer dados de incidentes e preparar os gestores para evitar acidentes, se o gestor não tem dados de incidentes muito provavelmente não tem instrumentos para gerenciar crises ou evitar acidentes que podem ser de qualquer grandeza inclusive nesse caso da pandemia, riscos de vidas.
Vejam por exemplo o que acontece com os países que não conseguem mapear a transmissão do vírus e outros dados porque não conseguem testar a população. Com certeza os países que se apropriam de informações dos testes conseguem planejar com muito mais inteligência as ações contra a pandemia. Esses países conseguem por exemplo precisar melhor e estabelecer quarentena, definirem saída da quarentena e outras correções. Movimentos importantes que dependem muito de análise de dados e informações, mas principalmente de tecnologias.
Em um condomínio as informações também são importantes, e para garimpar essas informações o uso de tecnologia é fundamental. Olha esse exemplo, se não sabemos quantas pessoas acessam o prédio pela portaria principal e demais análise sobre essas informações não conseguiremos definir com precisão ações de limpeza que são questões primordiais ligadas diretamente a propagação do vírus.
Na questão segurança podemos usar outro exemplo no mundo dos condomínios. Sabendo informações altamente relevantes como autorização das pessoas que podem entrar no condomínio poderemos prever ações negativas como acessos não permitidos. Imaginem oportunistas aproveitando da situação como essa em que todos precisam usar máscaras contra o vírus. O controle de acesso como as tecnologias de reconhecimento facial, biometria e outros são sistemas que apoiam a operação da segurança e geram informações importantes.
Percebam o valor da informação para qualquer tipo de decisão principalmente com a “lupa da pandemia” que nos faz questionar como tudo funciona e como pode ser melhorado. A tecnologia a transformação digital, os instrumentos de comunicação de conferências remotas se consolidam com graus de importância ainda maior em nossas vidas e que foram destacados nessa crise, o mundo sairá da pandemia COVID-19 com mais sede de digital.
Que fique bem claro que não existe informação sem aplicação de tecnologias. O teste de COVID-19 tem tecnologia, o termômetro individual ou coletivo também tem tecnologias, para todos os lugares que olharmos o enfrentamento da pandemia passa por saber usar tecnologias. O passado não registrou o uso desse instrumento tão importante em outras pandemias, mas esse episódio será marcado pela gestão dessa ferramenta.
Existem prédios e condomínios nota 0 em transformação digital como existem também condomínios nota 10. Podem ter certeza de que os gestores que conseguiram se beneficiar de informações relevantes nos condomínios e prédios mais equipados com tecnologias digitais não conseguem nem imaginar o que seria voltar ao mundo analógico onde se geria por “achismos e sentimentos”.
Ainda sobre a pandemia imaginem o potencial na integração de plataformas prediais com outras plataformas e bancos de dados como por exemplo plataformas de saúde ou de segurança pública.
Será inevitável para prédios e condomínios a aplicação de tecnologias “no touch” como controle de acesso usando smart phones e câmeras analíticas com reconhecimento facial para dar suporte aos sistemas de segurança, a integração de vários tipos de sistemas e subsistemas que sempre foram importantes, mas a partir de agora assumem protagonismos para as marcas que realmente querem ser relevantes.
Existem muitas informações relevantes fluindo num condomínio revelando padrões comportamentais, padrões de consumo e a gestão dessas informações podem ser convertidas em segurança, economia, eficiência e sustentabilidade.
Existem livres iniciativas por exemplo “Assembleias Virtuais” recursos tecnológicos disponíveis que apoiam o enfrentamento dessa crise, evitando reuniões de condomínios, mas é também importante que a legislações possam amparar essas iniciativas para que decisões importantes não possam ser questionadas e revertidas. Conflitos comuns típicos de disrupturas.
A LGPDP, lei geral de proteção de dados pessoais que entrará em vigor e precisará de norma para definir todos as implicações e utilização de dados nesse universo predial e condominial.
A pandemia deixa claro que a sociedade precisa evoluir rapidamente na regulamentação da captação e do uso das informações de coisas e pessoas principalmente em nível governamental porque o capital privado já sabe muito bem explorar esses conceitos. A inteligência artificial as “Dark Kitchens” precisam ter finalidades mais nobres do que apenas rastrear e promover consumo.
Referências:
BAUMAN, Zygmunt. Liquid Surveillance (A Conversation).Trad. Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2014
CLAYTON, Christensen, JEROME, Grossman, JASON, Hwang. Inovação na Gestão da Saúde. Soluções disruptivas para reduzir custos e aumentar qualidade. Trad. André de Godoy Vieira, Mariana Belloli Cunha, Ronaldo Cataldo Costa. Porto Alegre: Dr. Paulo Marcos Senra Souza e equipe da Amil Assistência Médica Internacional, 2009.
COELHO, Nulo, PAIVA, Rui, BALDAQUE, Sebastião, ALMEIDA, Sérgio, SALGADO, Sérgio. Cidades Inteligentes “Smart Cities”. 2014-215. Projeto FEUP (Projeto em grupo) – Faculdade de Engenharia, Universidade do Porto, Porto, 2014-2015. Disponível em: https://paginas.fe.up.pt/~projfeup/submit_14_15/uploads/relat_GI32.pdf. Acesso em 15/01/2019
CARVALHO, Rafael. O que é inovação disruptiva? Disponível em: https://www.napratica.org.br/o-que-e-inovacao-disruptiva/?v=1&utm_expid=.jKaMO9SNTv2Ub6–4_LvAg.1&utm_referrer=https%3A%2F%2Fwww.google.com.br%2F.
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CHAVES, Laís. Educação a distância é a que mais cresce no Brasil, segundo o senso do MEC. 22 fev. 2016. Disponível em:
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LEMOS, Ronaldo. Cidades Inteligentes, Expresso Futuro, Canal Futura 2017.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=5KDhl1K3c5Q.
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CASTRO, Renato. City SmartUp – Cidades inteligentes para uma melhor qualidade de vida, TEDxUSP, 2017. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=qzXV43O9iG0.
Acesso em 10/01/2019
Lei nº 13.709/2018, onhecida como Lei de Proteção de Dados Pessoais (LPD), que altera a Lei nº 12.965/2018
Lei nº 12.965/2014 (“Marco Civil da Internet”) e passará a vigorar em 18 meses, a contar da publicação no D.O.U (15.08.2018). http://www.studioestratégia.com.br
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Fonte: Globo New – A jornada da vida – Rio Yangtsé em: https://www.youtube.com/watch?v=VwkYfNYTYEs
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Pesquisa: 4º Revolução Industrial
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Pesquisa: Prédios Inteligentes
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Pesquisa: Prédios Inteligentes
https://www.cimentoitambe.com.br/hidrometro-predios-antigos/
Acesso em 09/01/2019
Fonte: www.smartcitybusiness.com.br
Informações importantes relativas aos condomínios no Brasil:
Atualmente, o Brasil possui cerca de 300 mil condomínios, sendo que estimativas apontam que apenas 2 mil são atendidos de forma remota.
O mercado de portaria remota tem crescido 150% ao ano!
Fonte: http://www.engeplus.com.br/noticia/geral/2018/portaria-remota-cresce-150-por-ano-no-brasil
Para baixar o arquivo em formato pdf:
https://drive.google.com/drive/u/0/folders/1EGlCUSx0V5bUW6SxpU-ydhzU1Xhg0Abj
Pesquisa: Pandemia nas Filipinas
Acesso em 05/04/2020
Pesquisa: Pandemia no Peru
Acesso em 15/05/2020
Pesquisa: Pandemia nos Estados Unidos
Acesso em 01/05/2020.
Leandro Mageli Consultor 